14.9.05

Numa travessa da Indianópolis, esqueci o nome da rua, estou eu andando alegre e saltitante (isso é literal, quem me conhece sabe que eu ando assim), toca o celular, tiro ele da bolsa pra atender, nisso, um motoboy sobe na calçada e pára na minha frente.
"Me passa o celular!", minha reação foi a de quem toma um empurrão no ônibus, "Que é isso??", "Me passa o celular!" e a trilha de cancan do toque do dito cujo ao fundo, "Como assim??", "Me passa o celular, se não te dou um tiro!", provavelmente o rapazinho em questão estava blefando, mas não me pareceu muito prudente pagar pra ver, também não ia criar caso por causa de um celular, cancan prossegue, "Leva!".
Motoboy volta pro meio da rua e entra esquina seguinte, continuo andando, passa um senhor do meu lado "O que aconteceu?", "assalto", "Esse mundo está perdido, o que levaram?", "celular", passamos por um segurança.
"Você viu aquela moto que passou aqui? O cara levou o celular dela!", "Puxa vida! É...já foi!", essa frase foi brilhante. "Boa tarde! O senhor sabe me dizer onde eu encontro um orelhão por aqui?", "na rua debaixo", "Muito obrigada!".
"Oi, Mãe! Tudo bem contigo? Comigo tudo bem, faz um favor pra mim...liga na Claro agora à tarde, pede pra bloquearem meu celular...", fala seguinte censurada, esse é um blog familiar.
Bizarro!

Tomei dois belíssimos tombos hoje e ganhei novos hematomas!
O Correio entrou em greve, e eu atendi umas quinze mil ligações.

Nenhum comentário: