9.5.07

Alguns já ouviram esse relato, de qualquer forma...

Certa vez, eu tinha meus doze anos, fui à padaria com uma tia minha.
Chegamos no caixa, minha tia perguntou se tinha drops de hortelã e a mulher mostrou um Halls.
Todo mundo, ou quase todo mundo, pronuncia "haws", mas minha tia achava que tinha que falar "hóws". Escrevi desse jeito porque não sei como escrever usando o alfabeto fonético no computador, por isso coloquei entre aspas e tentei demonstrar os sons com letras do alfabeto tradicional, como certa vez uma pessoa querida me contou que fazem nos guias de frases úteis de língua estrangeira pra viagem.

Eis que inicia-se o seguinte diálogo:
- Não, muito obrigada, mas eu não gosto de Halls.
- Mas...não é rosa, é verde.
- Como não é Halls?! Eu estou vendo que é.
- Minha senhora, não é rosa.

E eu parada ao lado, assistindo aquela conversa surreal. Saimos da padaria, minha tia achando que a mulher era burra, a mulher achando que minha tia era daltônica.

Eu defendia uma tese pessoal de as desgraças do mundo eram, na verdade, provenientes de um imenso problema de comunicação.

O ponto é que, atualmente, preciso resolver um probleminha de comunicação específico que, por vezes, me empata a vida.

Um comentário:

Unknown disse...

Verdade hein. Rs...